Ódio ou opinião?

Ministro Silvio Almeida anuncia criação de grupo de trabalho para combater o discurso de ódio

Dia Internacional em Lembrança ao Holocausto é celebrado nesta sexta-feira (27). Em alusão à data, o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, anunciou a criação de um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI). A medida tem como objetivo combater o discurso de ódio e construir um relatório que oriente iniciativas para a educação dentro da perspectiva dos direitos humanos.

Assista ao anúncio do ministro Silvio Almeida 

Silvio Almeida compreende que as violações dos direitos humanos ocorridas durante a 2ª Guerra Mundial estão relacionadas também a outras violências históricas como a escravidão, o nazismo e o antissemitismo. Para o ministro, manifestações de ódio existem atualmente no Brasil e no mundo.

“Hoje observamos o crescimento do discurso de ódio por grupos mobilizados pela intolerância e comportamentos associados ao neonazismo, sendo orientados pelo fascismo e desprezo à vida humana”, declara o porta-voz dos direitos humanos.

O ministro compreende que o discurso de ódio não se encerra na narrativa em si, mas trata-se de uma atitude que incentiva violações de direitos humanos. “As violências do cotidiano vitimam as pessoas que moram em periferias, favelas, muitas vezes por força dos próprios agentes de segurança públicas municipais e estaduais”, observa completando que os acontecimentos citados são um eco das violências históricas relacionadas à data de hoje.

O grupo envolverá estudiosos e profissionais de diversas áreas que se dedicam a pensar na formação de uma cultura de paz, respeito e preservação da dignidade humana. A convite do ministro, integrarão a medida representantes dos ministérios da Igualdade Racial, da Justiça e Segurança Pública, da Educação e dos Povos Indígenas.

Histórico

O holocausto é conhecido como genocídio praticado pelos nazistas no contexto da 2ª Guerra Mundial. O crime contra a humanidade vitimou milhões de membros da comunidade judaica, tendo atingido ainda ciganos, pessoas com deficiência, homossexuais e comunistas.

Na visão do ministro Silvio Almeida, essa data é fundamental para pensar nas violências que ainda se perpetuam no mundo atual. “(O holocausto) foi uma consequência de uma série de violências históricas. Portanto, há um nexo entre escravidão, racismo e antissemitismo”, defende. 

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